segunda-feira, 14 de maio de 2018

Economia Colonial 5 - mão de obra

A plantation exigia u uso intensivo de mão de obra. Para atender a essa demanda e desenvolver a produção de açúcar no Brasil, no início do século XVI, os portugueses enfrentaram o seguinte dilema.



Pintura de Franz Post
1 – Escolha da mão de obra
(a) trabalhador europeu (livre)
- a população de Portugal era pequena e já estava mobilizada para a expansão comercial em direção ao Oriente (especiaras).
- Havia dificuldade de atrair trabalhadores braçais europeus para atuarem em condições de trabalho e de vida bastante difíceis, com baixa remuneração.
(b) trabalhador índio (escravo)
- eram aprisionados em larga escala para serem comercializados como escravos (desenvolveu-se uma especialização da atividade de captura: as bandeiras de caça ao índio).
- a densidade demográfica baixa mostrou que a população indígena, encontrada no Brasil, era insuficiente para satisfazer às necessidades de mão de obra da empresa açucareira.
- os padres jesuítas, que atuavam no Brasil, faziam muita pressão contra a escravização dos índios. Explicavam que "a alma do índio, embora rudimentar, merecia ser salva, ..."
- a captura e comercialização dos escravos índios não geravam impostos diretos, o que levou ao desinteresse do Estado Português que não incentivou a atividade.
(c) trabalhador africano (escravo)
- No início da expansão portuguesa pela África o objetivo era catequizar os africanos.
- a ideia de usar a mão de obra africana se desenvolveu devido a falta de trabalhadores em Portugal, na época da expansão marítima.
- as crenças de que as pessoas negras estariam relacionadas a coisas demoníacas (devido a cor da pele) e que que não teriam alma (portanto deveriam ser submetidas e castigadas pelos cristãos) foi alimentada e incentivada por representantes da Igreja Católica na época.
- a estrutura de transporte e comercialização dos africanos para a América (tráfico de escravos), mostrou-se muito lucrativa e vantajosa para o Estado Português, que incentivou a atividade. 
Utilize o primeiro link para assistir a um trecho do filme Amistad, que mostra o tráfico negreiro.
https://www.youtube.com/watch?v=I4xwmEA3iYc 
O segundo link abre um documentário que  nos informa detalhes sobre a África e sobre o tráfico de escravos.
https://www.youtube.com/watch?v=epj4tQOO0IM
2 – Rebeldia Negra

Reações contra o aprisionamento, a migração forçada, o trabalho compulsório, a opressão e as violências variadas sempre ocorreram.
A forma de rebeldia que mostrou resultados, embora sempre temporários, foi a criação de quilombos.
Grupos de negros foragidos dos engenhos construíam fortificações e tentavam se defender dos ataques daqueles que os queriam novamente como escravos. Nestes locais criavam uma comunidade negra, produziam alimentos, ferramentas, armas e demais objetos de uso. A essa realidade chamamos de quilombo.
Centenas de quilombos foram criados em todas as regiões do Brasil, durante o período todo em que a escravidão existiu.
O quilombo mais famoso ficou conhecido como Palmares. Localizado no interior da capitania de Pernambuco, existiu ne época da ocupação holandesa no Nordeste. O último dos líderes do Quilombo de Palmares entrou para a história com a denominação de Zumbi. O fato de ter lutado até a morte, sem se deixar escravizar, fez de Zumbi um símbolo da resistência negra contra a escravidão. A data provável da morte de Zumbi, 20 de novembro, é destacada como o Dia Nacional da Consciência Negra.
Veja o documentário sobre o Quilombo de Palmares no próximo link.
.https://www.youtube.com/watch?v=zHFfLuUD8Dw

Para quem pensa que a escravidão é, atualmente problema superado, vale ler as reportagens que se abrem com esses dois links.

Correio Braziliense: 130 anos após abolição, população negra segue sofrendo com a desigualdade.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/13/interna-brasil,680301/130-anos-apos-abolicao-populacao-negra-segue-sofrendo-com-a-desiguald.shtml

DW (Brasil): Escravidão brasileira, fantasma que se recusa a desaparecer.
http://dw.com/p/2xRjw?maca=bra-gk-volltext-newsstand-noticias-pt-18895-xml-media

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