1) A
agroindústria do açúcar foi desenvolvida no Brasil a partir de um modelo já
usado nas ilhas portuguesas do Atlântico.
(a)
Apresente a origem dos financiamentos destinados ao desenvolvimento da economia
açucareira do Brasil.
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(b)
Explique o motivo da escravidão do índio não ser predominante na economia
açucareira do Brasil.
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2) Os
primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O
europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e
sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do
século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos
seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a
captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
3) Leia
o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as
alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena,
exceto:
a) A
busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.
4) A
sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de
organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se
originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...)
as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o
mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu,
de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos
ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de
nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O
gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que
permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem
aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e
fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e
hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a
diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente
na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se
constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.
5) Todas
as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos portugueses no
cenário dos grandes descobrimentos, exceto:
a) a
atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria
náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado moderno.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado moderno.
6)
"O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar
as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às
capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização
econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
As afirmativas abaixo identificam corretamente
algumas das atribuições do governador geral, à exceção de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem.
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem.
7)
Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas
era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse
privilégio os outros integrantes da sociedade. A expressão "homem
bom" dizia respeito a:
a)
homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro
e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na colônia.
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na colônia.
8) Em
1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil
seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o
extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a)
criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.
9)
Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como
desdobramento da expansão mercantil europeia da época moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista europeia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista europeia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.
10)
"O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o
ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil,
escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade
colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial.
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial.
11) "Restituídas as capitanias de Pernambuco
ao domínio de Sua Majestade, livres já dos inimigos que de fora as vieram
conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que tantos
anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas
adentro nos infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as hostilidades
daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares
de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de Almeida, de 1675 a 1678", citado
por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN, Col.
Brasiliana, 1958. v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões
holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.
a)
Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
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b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
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12) No
Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a)
ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior
13) O
escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e
submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da
resistência dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante
dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
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b) Por que era muito importante, para os senhores, combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e as fugas de escravos?
b) Por que era muito importante, para os senhores, combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e as fugas de escravos?
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RESPOSTAS
1 –
(a) A origem estava no Reino dos Países Baixos (Flândres),
cuja parte ao norte libertou-se do domínio espanhol e formou a República das
Províncias Unidas (Neederland ou Holanda).
(b) A plantation estava baseada na exploração intensiva de mão
de obra. Por isso, necessitava de numeroso fornecimento de trabalhadores. Sendo
a baixa a densidade demográfica indígena, no território onde hoje é o Brasil, a
economia açucareira não pode basear-se no trabalhador índio.
2 – (E)
3 – (A)
4 – (D)
5 – (B)
6 – (D)
7 – (B)
8 – (C)
9 – (C)
10–(A)
11–
(a) O principal motivo foi a proibição feita por D. Felipe, na
época da União Ibérica, da participação holandesa nos lucros da economia
açucareira do Brasil (Embargo Espanhol).
(b) A ocupação de grande parte do Nordeste pelos holandeses
desviou o foco do Quilombo de Palmares, submeter os quilombolas novamente à
escravidão não foi prioridade durante a dominação holandesa.
12–(E)
13–
(a) O termo “quilombo” é originário da língua banto, kilombo, e significa
povoação ou fortaleza. No período Colonial significou muito mais que o sentindo
dado pela língua africana, significando um espaço de resistência, luta e
liberdade para os africanos e afrodescendentes.
(b) O número de escravos negros, nas áreas rurais, era maior
do que o de brancos. A escravidão, para ser imposta, exigia rigidez e controle.
Por isso, um quilombo era um exemplo para os outros escravos se rebelarem
também. Por isso os senhores de engenho queriam eliminá-lo.
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