quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Brasil Monárquico – o café, a modernização e o surto industrial (Era Mauá)




Exercícios                           
Respostas após o final
1) O cafeeiro é um vegetal originário das montanhas da Abissínia, na África Oriental. As explorações francesas na África fizeram com que o café passasse a ser apreciado na corte de Paris. A produção comercial de café teve início na Guiana Francesa, por ser mais próxima da Europa do que a abissínia. No Brasil o café entrou clandestinamente durante o século XVIII. Mas foi no governo joanino que começou no, Brasil, o desenvolvimento das lavouras de café.
(a) Onde foram desenvolvidas as primeiras plantações de café, na época joanina no Brasil?
(b) Quais foram as duas grandes regiões produtoras de café, no Brasil, durante o segundo reinado?
(c) Relacione as duas principais regiões produtoras com a transição dos modelos de mão de obra: escrava e livre.
(d) Qual foi a importância da produção e exportação de café para o Brasil, durante o segundo reinado?
2) A Lei Tarifária Alves Branco (1844) criou uma forma de protecionismo alfandegário para o Brasil.
(a) Quais foram as origens do capital investido nas indústrias nascentes durante o surto industrial do segundo reinado?
(b) Os capitais disponíveis também foram aplicados em modernização. Apresente exemplos de novidades modernizadoras dessa época, no Brasil.
(c) Quais foram as principais origens da mão de obra empregada no Brasil, na época do Surto Industrial do segundo reinado?
3) Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá, marcou uma época conhecida como “Era Mauá”. Ele ousou querer transformar o Brasil em um país moderno e industrial.
(a) Faça uma lista de empreendimentos que levaram o Visconde de Mauá a se destacar durante o segundo reinado.
(b) Como o Brasil estava inserido nas questões econômicas mundiais, sobretudo em relação às grandes potências?
(c) Quais foram os principais motivos da decadência das empresas do Grupo Mauá?

Respostas
1)
(a) Nos morros da Tijuca, no Rio de Janeiro.
(b) As grandes regiões produtoras foram: Vale do Rio Paraíba do Sul (Rio de Janeiro, Sul de Minas Gerais, parte de São Paulo e chegando até à província do Espírito Santo) e o Oeste Paulista (Planalto Paulista, que se estende para o interior em direção ao Rio Paraná).
(c) O Vale do Paraíba do Sul foi mais resistente à mudança, já que era a região cafeeira mais antiga e a escravidão já se constituía como tradição. O Oeste Paulista viveu a expansão produtora na época em que a mão de obra imigrante chegava em maior número. Dessa forma, a cafeicultura do Oeste paulista atraiu imigrantes e a aceleração de sua expansão se deve, em grande parte, aos trabalhadores estrangeiros.
(d) Desde o primeiro reinado o café passou a ser o principal produto de exportação do país. Mas, durante o segundo reinado o café ultrapassou a metade do valor das exportações brasileiras. O resultado foi a capitalização de parte da elite brasileira. Esse excedente de capital foi aplicado em modernização das cidades e na expansão da indústria, comércio e de serviços, além de ser o principal financiador das campanhas militares contra os vizinhos na América do Sul.
2)
(a) A principal fonte de recursos originou-se do excedente de capitais criado pela produção e exportação de café. Não podemos deixar de citar também que, com o fim do tráfico internacional de escravos, o capital aplicado nessa atividade foi desviado para outros ramos de negócios, inclusive para as novas indústrias.
(b) Construção de ferrovias, redes telegráficas, rodovias, navegação, transporte urbano, iluminação pública, urbanização e serviços em geral.
(c) O maior percentual de trabalhadores era de imigrantes, sobretudo os de origem alemã e italiana.
3)
(a) O Banco Mauá, o estaleiro e fundição da Ponta da Areia, a construção de ferrovias, a instalação de redes telegráficas, a realização da ligação telegráfica entre o Brasil e a Europa (cabo submarino), empresa de navegação, companhia de rebocadores, empresas agropecuárias, entre outras coisas
(b) O Brasil era politicamente independente, mas tinha forte ligação econômica com a Inglaterra, que pode ser entendida como dependência. Dessa forma, o Brasil estava na órbita do imperialismo britânico.
(c) O fim do protecionismo alfandegário, a concorrência dos produtos e serviços de empresas estrangeiras (sobretudo britânicas) e a desconfiança da elite brasileira com relação ao poder e aos objetivos economicamente ousados do Visconde de Mauá. Além disso, as dívidas não pagas pelo Estado Brasileiro por serviços e empréstimos realizados pelo Grupo Empresarial Mauá.

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