terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

História - Exercícios de revisão (com respostas)




1) Ao final da Idade Média a Europa viveu mudanças na população que animaram os processos econômicos que se iniciavam.
Apresente essas mudanças ocorridas na população.
R: Crescimento populacional acelerado, êxodo rural e urbanização.
2) Entre os séculos XIII e XV várias cidades foram ampliadas e ganharam novas muralhas ao redor. Algumas chagaram a construir quatro muros.
(a)  Qual era a função original dos muros?
R: Proteção. Resistência militar contra os frequentes ataques de povos invasores.
(b) Qual foi a função que passou a ter devido as mudanças econômicas?
R: O crescimento do comércio e da produção de manufaturas, levaram à formação de guildas e de corporações de ofícios, que atuavam dentro dos muros. Passou, portanto, a ser um limite para impedir a atuação das burguesias de cidades concorrentes.
3)  "Foi de vital importância o fato de que, a partir do século XII, nobres e burgueses passaram a morar na parte cercada pelas muralhas das cidades. Os interesses e prazeres das duas classes tornaram-se assim semelhantes..." (Jacob Burckhardt, 1860).
Sobre esse fenômeno, pode-se afirmar que:
(a) ocorreu em todos os lugares da Europa onde se desenvolveram cidades, pondo fim à dominação social da nobreza.
(b) ocorreu em todas as cidades marítimas, de Lisboa a Hamburgo, passando pela Itália do Norte e Flandres.
(c) foi interrompido pela nobreza, a partir da crise do século XIV, depois de ter se desenvolvido na Baixa Idade Média.
(d) marcou as mais importantes cidades italianas, constituindo-se num dos fatores sociais do Renascimento.

4) A política econômica do mercantilismo caracterizou-se por três elementos básicos, a saber: balança de comércio favorável, protecionismo e monopólio.
Explique de que modo o protecionismo e o monopólio concorriam para manter a balança de comércio favorável.
R: o rei criava barreiras e impostos para atrapalhar a entrada de produtos estrangeiros em seu reino e incentivava as exportações. A tentativa era de manter o valor das mercadorias exportadas maior do que o valor das importações (saldo positivo ou balança comercial favorável). O monopólio era uma concessão do rei a um comerciante que passava a ter exclusividade no comércio de um determinado tipo de produto ou de uma região, o que era mais facilmente fiscalizado pelas autoridades do Estado.
5) As práticas mercantilistas nas sociedades da Europa Ocidental assumiram características diferenciadas ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Assinale a única opção que NÃO associa corretamente as características mais importantes do mercantilismo ao século e à sociedade em que cada uma delas veio a predominar.
Características do mercantilismo nos séculos XVI, XVII e XVIII.
(a) O entesouramento dos metais preciosos (bulionismo). Espanha 
(b) O estímulo às exportações e o controle das importações (aplicação do princípio da balança comercial).  Inglaterra
(c) A política protecionista e manufatureira, aliada ao estímulo à construção naval e à aplicação de uma legislação tarifária (colbertismo).  França 
(era especializado na produção de artigos de luxo) (d) O monopólio comercial, concretizado na prática do exclusivo colonial.  Portugal
(e) O controle das cartas de corso e da pirataria no Atlântico Sul, estimulando a indústria naval e consagrando a expressão carreteiros do mar.   Holanda
(a atividade de corso era praticada também por navegadores franceses e ingleses)
6) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
(a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
(b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
(c) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
(d) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

7) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."

(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que:
(a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.
(b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
(c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
(d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
(e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

8) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
(a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
(b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
(c) criação das capitanias hereditárias.
(d) montagem do sistema colonial.
(e) criação e distribuição das sesmarias.

9) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil europeia da época moderna.
(a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
(b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
(c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista europeia.
(d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
(e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.

10) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.
(a) Descreva o que eram os quilombos.
R: Eram focos de resistência dos negros que fugiam da escravidão e criavam aldeias fortificadas para lutar contra as tentativas de reconduzí-los à condição de escravos.
(b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?

R: Para manter o controle sobre a sociedade e sobre a economia que estavam baseados no trabalho escravo dos africanos trazidos para a América.

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