I – Antecedentes (Pré-condições)
- Manutenção do Antigo Regime
(absolutismo + mercantilismo).
- Permanência de privilégios feudais para a nobreza.
- Dificuldades de desenvolvimento econômico (enquanto a concorrente, Inglaterra, estava em plena Revolução Industrial).
- Quebras sucessivas de colheitas → falta de alimentos, preços elevados, fome nas camadas mais pobres.
- Desemprego nas camadas urbanas (Sans Culottes).
- Insatisfação do Terceiro Estado → impostos elevados, corrupção na administração pública, elevados gastos com a corte do rei Luís XVI, frequente envolvimento da França em guerras internacionais, etc.
- Difusão das ideias políticas iluministas (liberalismo) – livros, jornais e panfletos.
- Dificuldades financeiras – o governo francês não tinha mais recursos e os bancos se recusavam a emprestar dinheiro.
II – Início do processo revolucionário
1) Assembleia dos Estados Gerais
- Estava baseada na divisão
tradicional da sociedade francesa → Primeiro Estado e Segundo Estado
(privilegiados), Terceiro Estado (pagava impostos – 98% da população).
- Era normalmente reunida para aprovar novos impostos, mas não era acionada desde que o absolutismo se consolidou.
- A votação da proposta do rei (aprovação ou rejeição) era realizada por Estado.
- A tendência seria sempre de aprovação pois o Primeiro e o Segundo Estados não pagavam impostos.
- Formação: Primeiro Estado (clero católico); Segundo Estado (nobreza); Terceiro Estado (burguesia e povo).
Obs1 – Povo (arraia miúda) – trabalhadores rurais (inclusive servos), pequenos proprietários rurais, classe média, artesãos, operários e demais trabalhadores urbanos.
- Na reunião, os representantes do Terceiro Estado pediram mudanças nas regras de votação – o rei não aceitou.
- Os representantes do Terceiro Estado, reforçados por dissidentes do Primeiro e do Segundo Estados, reuniram-se no Salão do Jogo de Pèla.
2) Assembleia Nacional Constituinte
- As reuniões resultaram na
elaboração de dois documentos muito importantes:
(a) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (defende o
liberalismo e as bases da sociedade burguesa e capitalista).
(b) A Primeira Constituição Francesa (baseada no pensamento iluminista).
3) Jornadas Populares Revolucionárias
- Sublevação de camponeses – Grande
Medo (muitos nobres fugiram para o exterior – eram os “emigrados”).
- Barricadas em Paris – revoltas populares.
- Queda da Fortaleza da Bastilha (14 de julho de 1789) – simboliza o início da Revolução Francesa (a fortaleza foi invadida, por forças populares, em desafio à autoridade do rei).
- Cerco popular ao palácio – Luís XVI, refém, aceita os limites ao poder do rei (fim do absolutismo).
III – Monarquia Constitucional
- O rei passou a ser apenas chefe
do Poder Executivo (Estado dividido em três especialidades: Executivo,
Legislativo e Judiciário)
- Poder Legislativo: Assembleia Legislativa → composta por deputados de quatro partidos políticos:
1) Girondino – representante da alta burguesia
(propostas conservadoras – a monarquia constitucional seria suficiente)
2) Jacobino – representante da pequena burgueia (propostas de mudanças radicais – queriam o fim da monarquia e a implantação da república).
3) Feuilland – representava segmentos da elite (alta burguesia, clero e nobreza) – queriam manter a monarquia constitucional.
4) Cordelier – defendiam propostas populares e radicais.
Obs2 – os representantes do partido Girondino
e do Partido Jacobino ficavam sempre nas cadeiras da parte alta do salão de
reuniões, de onde vem o apelido de montanha (eram os principais partidos). Os
outros partidos ficavam sempre nas cadeiras da parte baixa do salão, o que
valeu receberem os apelidos de “Planície” ou de “Pântano” (eram também
destacados como “Fiéis da Balança”).
Obs3 – Os Jacobinos eram radicais, ficavam sempre do lado direito do salão de reuniões. Os girondinos eram conservadores, ficavam sempre do lado direito do salão. Essa é a origem da gíria política usada até hoje: direita e esquerda política.
IV – Fase da
Convenção (república) → Fase do Terror
- O rei Luís XVI fez um acordo com
o rei da Áustria para derrubar o governo revolucionário francês, em seguida
tentou fugir da França.
- Luís XVI foi preso, julgado por traição, condenado à morte e executado na guilhotina.
- A França passou a ser governada pelo Comitê de Salvação Pública, controlado pelos jacobinos (liderados por Maximíliem Robespierre).
- Foi implantada a República.
- Medidas: fim da escravidão nas colônias francesas; abolição de todos os privilégios; divisão das grandes propriedades; tabelamento de preços de produtos essenciais; ajuda aos indigentes e educação básica obrigatória e gratuita.
- Revolta da Vendeia – foi um movimento monarquista e contrarrevolucionário (foi massacrado pelo governo republicano).
- Coligação Antifrancesa – reinos absolutistas uniram-se para atacar a França revolucionária (formação das Brigadas Populares Revolucionárias) – os franceses venceram.
- Eliminação dos opositores (principalmente girondinos e nobres em geral) – a guilhotina foi muito usada.
- Mudanças: calendário revolucionário, constituição civil do clero, a segunda constituição francesa, etc
- Em 1795 aconteceu o “Golpe de 9 Termidor”, um golpe de Estado liderado por Girondinos. Robespierre foi preso e condenado à morte, na Guilhotina.
V – Governo do Diretório.
- Liderança dos Girondinos (alta
burguesia).
- Época de forte instabilidade política interna.
- Grave crise econômica e financeira.
- Perigo externo devido a formação da Segunda Coligação Antifrancesa.
- Conspiração dos Iguais – liderada por Gracchus Babeuf – pretendia tomar o poder e implantar mudanças populares (derrotada).
- Em 1799 aconteceu o Golpe do 18 Brumário – fim do período Revolucionário Francês – destaque para a participação do jovem general Napoleão Bonaparte.
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