quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Revolução Francesa, Era Napoleônica e Congresso de Viena


  - com exercício após final  do texto (gabarito ao final da postagem)
 (A) Revoluções Burguesas 
             Foram movimentos políticos liderados por setores da burguesia, em vários países, principalmente a partir das últimas décadas do século XVIII.

             A burguesia, como classe social, surgiu na Europa durante a Baixa Idade Média. A revolução comercial e a expansão marítima (Idade Moderna) ampliaram e fortaleceram a classe burguesa. Na fase inicial do capitalismo a liderança do rei era desejável (absolutismo e mercantilismo).
             O crescimento do comércio mundial fortaleceu a burguesia e consolidou o capitalismo. O domínio do rei sobre o Estado deixou de ser benéfico para os burgueses.
             As ideias divulgadas pelos filósofos iluministas, durante o século XVIII, agradaram muito aos capitalistas (burguesia). Elas foram as principais bases teóricas das revoluções lideradas pela burguesia.
             Entre os processos políticos que foram considerados “revoluções burguesas”, podemos destacar: as Revoluções Inglesas do Século XVII (precursoras), a “Revolução Americana” (independência dos Estados Unidos da América) e a “Revolução Francesa”. Esses movimentos políticos tornaram-se exemplos imitados em várias regiões do mundo.

(B) Antecedentes da Revolução Francesa



Na França, na década de 1780, o rei Luís XVI controlava a economia (mercantilismo), além da justiça, administração e vida política (absolutismo). A sociedade era estratificada (1) e hierarquizada(2) . No topo da pirâmide social estava o alto clero(3)  (Primeiro Estado). No estrato do meio estava a nobreza (Segundo Estado). Estes dois estratos tinham muitos privilégios (não pagavam impostos e tinham acesso aos altos cargos políticos e administrativos). O estrato da base era formado por trabalhadores urbanos conhecidos como sans culottes,(4)  camponeses e burgueses em geral (Terceiro Estado).

O Terceiro Estado sustentava o luxo e a riqueza dos privilegiados pagando os impostos. Assim, a situação econômica difícil das últimas décadas do século XVIII foi sentida de forma muito sofrida pelos não privilegiados.
A França perdia a concorrência econômica e militar com a Inglaterra. Enquanto os britânicos estavam em plena revolução industrial e usavam um sistema político liberal, os franceses mantinham-se no Antigo Regime (absolutismo e mercantilismo). As dificuldades para o Terceiro Estado se agravaram devido a problemas climáticos que prejudicaram as colheitas de anos seguidos. Assim, havia desemprego, fome e dificuldades para os negócios da burguesia.

Enquanto isso, a corte do rei Luís XVI mantinha seu luxo exagerado, desperdícios e envolvia a França em constantes e dispendiosas guerras internacionais.
Para tentar controlar as finanças, o rei trocou várias vezes de ministro da fazenda. Turgot e Calone perderam o cargo quando tentaram cobrar impostos da nobreza e do clero. Depois deles, Luís XVI nomeou o banqueiro Jacques Necker. Este sugeriu aumentar os impostos gerais, embora o meio de criação dos impostos fosse a reunião dos Estados Gerais.
Não podemos esquecer que nesta época as ideias dos filósofos iluministas circulavam e foram popularizadas através de jornais e de panfletos políticos. Além dos inevitáveis reflexos do sucesso dos revolucionários americanos das Treze Colônias, que se libertaram do domínio britânico (1776).
Assembleia dos Estados Gerais
A Assembleia dos Estados Gerais não se reunia desde 1614. Ela perdeu a importância quando os reis franceses se tornaram absolutistas. A função dessa assembleia era aprovar o pedido de aumento ou criação de impostos feito pelo rei.
Os Estados Gerais eram formados por deputados convidados pelo rei. Reuniam três grupos distintos, com igual quantidade, representando cada um dos Estados formadores da sociedade francesa.
O Terceiro Estado, representado pela burguesia, cobrou do rei que as regras de votação fossem modificadas. Sem acordo, o rei fechou o salão de reuniões e encerrou a assembleia. Mas os representantes do Terceiro Estado, auxiliados por alguns deputados do Primeiro e do Segundo Estados, foram para o Salão de Jogo de Péla(5) onde deram início a uma Assembleia Nacional Constituinte. O objetivo era limitar o poder do rei Luis XVII, acabando com o absolutismo.
Enquanto isso, os sans culottes se revoltavam a Fortaleza da Bastilha foi ocupada e os presos políticos foram libertados (14 de julho de 1789). Além disso, o povo cercou o palácio onde vivia Luís XVI, forçando o monarca a jurar fidelidade a Constituição. 
Fortaleza da Bastilha - ocupação popular - 14 de julho de 1789.
(C)  Monarquia Constitucional
Assembleia Nacional Constituinte - no salão de jogo de pèla.
Luís XVI foi mantido como rei, mas seu poder passou a ser muito limitado pelas regras estabelecidas pela constituição. A França superou o absolutismo, passando a usar uma forma de liberalismo.
Na fase da Monarquia Constitucional, o maior destaque político ficou com a Assembleia Legislativa. Esta instituição foi criada para cumprir o papel de parlamento, ou seja, reunir deputados representantes da sociedade para propor e debater regras e leis para o país.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Quatro partidos participaram dos trabalhos legislativos desta fase:
- Girondino – representante da alta burguesia francesa. Defendia ideias conservadoras, pois não desejavam aprofundar as mudanças revolucionárias por considerá-las suficientes.
- Jacobino – representante da pequena burguesia e de profissionais liberais. Pregavam o aprofundamento radical das mudanças revolucionárias.
- CordelierEram radicais. Defendiam profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres. Pregavam a extinção da monarquia. Eram ligados aos sans-culottes. Fortemente influenciados por Rousseau.
- Feuilland Partido formado por membros da aristocracia francesa. Em suas fileiras desfilavam nobres, clérigos e membros da alta burguesia. Defendiam a Monarquia Constitucional.
A atuação destes partidos mostrou o protagonismo dos girondinos e dos jacobinos. Os outros dois partidos ora apoiavam os jacobinos, ora os girondinos. Foram, por isso, chamados de “Fiéis da Balança(6).
As preferências de localização dos deputados, de cada partido, também criaram denominações que marcaram a linguagem política da época. Os girondinos e jacobinos sentavam-se sempre nas cadeiras situadas nas laterais, em partes altas, sendo apelidados de Montanha. Enquanto os deputados do Cordelier e do Feuilland preferiam as cadeiras do meio do salão, na parte baixa. Daí derivam os apelidos de Planície ou Pântano.
Outras denominações desta fase perduram na linguagem política até os dias atuais. Como os jacobinos ficavam sempre do lado esquerdo do salão de reuniões de Assembleia Legislativa, a “esquerda” passou a ser associada às propostas políticas mais radicais ou de mudanças profundas. Os deputados girondinos se agrupavam nas cadeiras altas do lado direito do salão, criando a associação da palavra “direita” ao conservadorismo ou as propostas de mudanças limitadas e suaves. Os deputados dos outros dois partidos, por ficarem na parte central do salão deram origem a ideia de partido de “centro” (quando as propostas políticas não são tão claras ou tendem ora para o conservadorismo, ora para a aproximação com os radicais).
Enquanto isso tudo acontecia, rei não se conformava com o fim do absolutismo. Apoiado por seu cunhado austríaco, que era imperador do Sacro Império Romano Germânico(7) , criou um plano de derrotar os revolucionários com ajuda de tropas estrangeiras. Para que isso funcionasse era necessário que ele e sua família estivessem fora da França.
Toda a família real vestiu-se com modelos de roupas, que costumavam ser usadas por classes populares, e partiu. A trama só foi descoberta quando a luxuosa carruagem se aproximava da fronteira.
O rei foi julgado e condenado à morte. O instrumento usado foi a guilhotina(8) (invenção considerada quase uma novidade nesta época). Este fato marcou o fim da Monarquia Constitucional e o início da fase revolucionária republicana.  

Vocabulário
( 1)  Estratificação no campo da sociologia, é um conceito que envolve a "classificação das pessoas em grupos com base em condições socioeconômicas comuns.
( 2)  Hierarquização  o classificação numa escala vertical, das diversas categorias quanto à classe social dos indivíduos que compõem uma determinada sociedade.
( 3)  alto clero o alto clero era formado por cardeais, arcebispos, patriarcas, bispos, e sacerdotes de famílias ricas. Enquanto o baixo clero era constituído por sacerdotes e diáconos, que muitas vezes eram oriundos de famílias pobres.
( 4)  sans culotes foi a denominação dada pelos aristocratas aos trabalhadores urbanos, principalmente em Paris. Livremente traduzido da língua francesa como "sem calção", o culote era uma espécie de calções justos que se apertavam na altura dos joelhos, vestimenta típica da nobreza naquele país à época da Revolução. Em seu lugar, os "sans-culottes" vestiam uma calça comprida de algodão grosseiro.
( 5)  Jogo de Péla foi um jogo muito praticado outrora e consistia em atirar uma bola (a péla) de um lado para o outro com a mão, ou com o auxílio de um instrumento (raquete, bastão, pandeiro) em local aparelhado para esse fim. Desde o século XIII era praticado em salas fechadas, sendo praticado por clérigos, burgueses e príncipes.
( 6)  fiel da balança Haste, fio ou ponteiro que marca o equilíbrio das balanças antigas, indicando qual lado está mais pesado. No sentido figurado, é o fator decisivo em uma disputa muito equilibrada; aquele ou aquilo que fará a diferença na disputa: o partido será o fiel da balança na disputa pela presidência da Câmara.
( 7)  Sacro Império Romano Germânico O Sacro Império Romano Germânico foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média, durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do Imperador romano. O imperador do Sacro Império era eleito pelos reis dos estados componentes. O cargo era honorífico, não tinha poder administrativo, embora muita influência por ser o líder militar dos católicos.
( 8)  Guilhotina  Foi o médico francês Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814) que sugeriu o uso deste aparelho na aplicação da pena de morte. Guillotin considerava este método de execução mais humano do que o enforcamento ou a decapitação com um machado.
 

(D) Convenção (1792 – 1794)
- Nesta fase, a França passou a ser uma república e o Partido Jacobino controlou o governo.
- O país foi governado pelo Comitê de Salvação Pública, liderado por Maximílien Robespierre.
Comitè de Salvação Pública
Maximilien Robespierre













 - A execução do Rei Luís XVI causou uma forte reação internacional. Várias monarquias europeias formaram uma coligação militar para atacar a França revolucionária (Primeira Coligação Anti-francesa).
Execução do rei Luís XVI na guilhotina.

- A população foi convocada a lutar para defender as fronteiras. O governo distribuiu armas ao povo e conseguiu derrotar as forças invasoras.
- Internamente, a Convenção caracterizou-se por ser uma fase com medidas radicais (tabelamento dos preços dos produtos, confisco de bens da Igreja e da nobreza, criação da segunda constituição francesa, instituição de um novo calendário, ensino público gratuito e obrigatório, fim da escravidão nas colônias, etc.).

Georges Danton
- Foi também a Época do Terror, com a criação do Tribunal Revolucionário para julgar as pessoas acusadas de trair a revolução. Foi uma forma de eliminar os opositores, principalmente através da Guilhotina (cerca de 17 mil executados).
- Os revolucionários conhecidos como Indulgentes (defendiam o fim do Terror, liderados por Georges Danton, foram executados na guilhotina acusados de serem também traidores.
- Em 1794 aconteceu um Golpe de Estado liderado pelo Partido Girondino (Golpe de 9 Termidor). Robespierre perdeu o poder e foi guilhotinado.
Prisão de Robespierre
(E) Diretório (1794 – 1799)
- O poder ficou nas mãos de um grupo conservador e oportunista, com origem na alta burguesia.
- aconteceu a chamada Reação Termidoriana: os clubes jacobinos foram fechados e algumas medidas da convenção foram abolidas. Foi ciada outra constituição.
- O governo era composto por cinco diretores escolhidos em eleição indireta.
- As eleições para o Legislativo eram indiretas.
- Com grave instabilidade interna e sendo pressionada por nova coligação de reinos, a França viveu um novo Golpe de Estado (Golpe do 18 Brumário). Despontou a liderança do jovem general Napoleão Bonaparte.

A Era Napoleônica (1799 – 1815)
- Foi a fase em que o general Napoleão Bonaparte assumiu o papel de liderança política na França. Esse papel de líder foi ampliado para a Europa toda. A Era Napoleônica começou com o Golpe do 18 Brumário. Esse golpe de Estado indica o fim do processo revolucionário francês. 
- Napoleão foi um governante autoritário, mas também foi responsável pela difusão de várias instituições revolucionárias por toda a Europa.
- O governo de Napoleão se apresenta em dois períodos bem definidos: Consulado e Império.
(A) Consulado
Napoleão e a rendição dos austríacos
- Este período se caracterizou pela recuperação econômica e pela reorganização jurídica e administrativa na França (Banco da França, o “Franco” como novo padrão monetário, o Código de Direito Civil, etc.).
- O governo do consulado era republicano e controlado por militares, onde três cônsules chefiavam o poder executivo (Napoleão, Roger Ducos e o abade Sieyés), mas como Napoleão se impôs como primeiro-cônsul; era ele quem realmente governava. 
- Apesar da aparência democrática, criada pela nova constituição, era Bonaparte quem comandava o exército, propunha novas leis, nomeava os membros da administração e controlava a política externa.
- Durante o governo do consulado as oposições foram aniquiladas, a alta burguesia consolidou-se e os projetos de emancipação dos setores populares foram sufocados.
- Com os resultados obtidos neste período Napoleão foi nomeado cônsul vitalício em 1802, devido ao apoio das elites francesas, que estavam entusiasmadas com os avanços.
Coroação do Imperador Napoleão I
- Um plebiscito foi realizado em 1804 para que os eleitores escolhessem entre a monarquia e a república como forma de governo. A elite francesa optou pela monarquia, com Napoleão confirmado como imperador da França.
- O Império foi implantado definitivamente após a mobilização da opinião pública. Em 2 de dezembro de 1804 coroou-se Imperador, com o título de Napoleão I, na Catedral de Notre Dame, na presença do Papa Pio VII.
(B) Império

- Napoleão liderou uma série de guerras, expandindo o domínio francês. Em algum tempo o exército francês se tornou o mais poderoso da Europa.
- Os britânicos se esforçaram em barrar o crescente poder da França formando coligações militares internacionais contra Bonaparte.
- Em 1805 a França tentou invadir a Inglaterra, mas fracassou (Batalha Naval de Trafalgar).
- Sem meios militares de derrotar os britânicos, Napoleão mudou de estratégia. Em 1806 foi assinado em Berlin um decreto napoleônico que pretendia valer para a Europa toda: o Bloqueio Continental (todos os países do continente europeu deveriam parar de fazer comércio com os britânicos).

- Entretanto, a indústria francesa ainda não tinha capacidade de substituir a inglesa (época da Revolução Industrial) e abastecer a todos os europeus. Com o tempo, o bloqueio perdeu força, a insatisfação cresceu, Napoleão foi perdendo o controle da situação.
- Os reinos ibéricos (Espanha e Portugal) dependiam muito dos ingleses para deixar de fazer comércio com eles. Mas não tinham forças para lutar contra a França. D. João, que governava Portugal, percebeu que a Espanha foi invadida por tropas francesas por não aderir ao Bloqueio Continental. Tentou ficar em posição de neutralidade. Com isso, desagradou igualmente aos britânicos e aos franceses. Declarou aliança aos ingleses quando as tropas de Napoleão já ingressavam no território português. Em seguida transferiu o governo português para o Rio de Janeiro. Pouco antes o rei da Espanha, Fernando VII, foi aprisionado por Napoleão.
- A Rússia tinha aderido ao Bloqueio Continental, após um acordo com a França (Paz de Tilsit), mas como era um país essencialmente agrícola e estava enfrentando uma grave crise econômica viu-se obrigado a abandonar o Bloqueio Napoleônico.
- Em vingança à decisão do Czar Alexandre I, o governo napoleônico decidiu invadir a Rússia em 1812.
- Os generais acostumados com grandes vitórias conduziam suas tropas pelo imenso território russo, enquanto as tropas czaristas recuavam colocando fogo nas plantações e em tudo que servisse aos invasores (tática de “terra arrasada”).
- Em Moscou as tropas russas começaram a atacar violentamente as tropas napoleônicas. Nesse momento os franceses estavam com alimentos e munição racionados. Devido isso Napoleão não teve outra escolha a não ser fazer a retirada. O rigoroso inverno russo começava. Os franceses perderam a maior parte de suas tropas nesse retorno.
- A desastrosa campanha militar na Rússia encorajou outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. Em 6 de Abril de 1814 um exército formado por ingleses, austríacos, russos e prussianos invadiu a França e dominou Paris.
- Napoleão foi capturado exilado para a Ilha de Elba. O trono francês foi entregue a Luís XVII (irmão do guilhotinado Luiz XVI).
- Napoleão conseguiu fugir da Ilha de Elba e voltou à França em março de 1815. Ele foi recebido em Paris como herói. Instalou-se no poder, obrigando a família real a fugir, mas a sua permanência no poder durou apenas cem dias (Governo dos Cem Dias).
- Nova coligação militar internacional entrou em ação. Napoleão formou um exército improvisado com soldados muito jovens e sem treinamento adequado. Na última batalha de sua vida (1815) Napoleão Bonaparte foi derrotado pelas forças britânicas na localidade de Waterloo (atualmente território da Bélgica). Os ingleses o obrigaram ao exílio definitivo nas Ilhas Santa Helena (Atlântico Sul), local onde morreu em 1824 (oficialmente por morte natural).
Congresso de Viena (1814 - 1815)
- Os governantes europeus se reuniram na cidade de Viena (capital da Áustria) para reorganizar a Europa após a era napoleônica.
- Liderança da Grã Bretanha, Rússia, Prússia e Áustria.
- O mapa europeu foi refeito, fronteiras alteradas, alguns reinos foram criados e outros desapareceram.
- Predominaram os princípios da legitimidade das dinastias, equilíbrio de forças entre as grandes potências e das nacionalidades.
- Tentaram trazer de volta as práticas do antigo regime. Mas não conseguiram impor de volta o absolutismo e o mercantilismo.
- Mesmo com todo o conservadorismo, a tendência foi manter grande parte das instituições e práticas típicas do liberalismo.
Obs – Foi organizada um acordo militar conhecido como Santa Aliança (Rússia, Prússia e Áustria). O objetivo seria realizar intervenções militares em qualquer país onde acontecesse uma nova revolução liberal.


Exercícios – Revolução Francesa e Era Napoleônica - gabarito ao final

Sugestão de leitura para as horas vagas
1) Uma das fases mais dramáticas da Revolução Francesa ficou conhecida como "O Terror", período em que o poder estava nas mãos dos jacobinos que dominavam a Convenção. Assinale o fato abaixo que ocorreu nesta fase:
 
a) convocação dos Estados Gerais por Luís XVI;
b) aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
c) queda da Bastilha;
d) abolição dos direitos feudais sobre os camponeses;

e) os preços dos alimentos foram tabelados;
 
2) Durante a Revolução Francesa, a fase da Convenção Nacional (República) corresponde:

a) ao governo de Luís XVI como monarca constitucional;
b) à radicalização resultante da pressão exercida sobre o governo pela massa parisiense liderada pelos sans-culottes;
c) à  assinatura de um pacto ou convenção  entre as facções políticas em luta;
d) à expansão triunfal das ideias revolucionárias levadas pelos exércitos de Napoleão à toda Europa;
e) à ditadura de Robespierre cujo regime de terror, estava apoiado numa Assembleia dominada pelos girondinos. 

3) “República? Monarquia? Eu não conheço senão a questão social”. A afirmação de Robespierre, dirigente máximo do processo revolucionário francês na fase da Convenção, ilumina a face popular da Revolução Francesa, especialmente o combate aos privilégios do Rei e da aristocracia. Assinale a opção que melhor caracteriza, historicamente, a investida revolucionária contra os privilégios do Antigo Regime, deflagrada na França entre fins do século XVIII e inícios do XIX:
 
a) Adotada pela Assembleia Constituinte francesa em agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamou a igualdade de todos os franceses perante a lei, abolindo-se as distinções de nascimento, os privilégios aristocráticos e as desigualdades de fortuna.
b)  Refletindo na América Hispânica, o ideal francês de igualdade social resultou na independência dos países latino-americanos e na imediata abolição dos regimes de trabalho servis até então vigentes.
c) Na América Portuguesa, a influência da Revolução Francesa se fez notar logo em 1789, com a Inconfidência Mineira, conjuração que aspirava fundar uma República nos moldes da Convenção francesa, cortando-se os laços com a metrópole e abolindo a escravidão.
d)  A   possessão  francesa de Saint-Domingue, atual Haiti, foi cenário do radicalismo extremo a que chegou a onda revolucionária, não obstante a manutenção constitucional da escravidão e a instalação de um regime monárquico inspirado nos quilombos.
e)   A fase mais radical do processo revolucionário francês deu-se na Convenção, entre 1793 e 1794, fase em que o Comitê de Salvação Pública  ancorado na agitação dos sans-cullotes, ordenou a execução de vários membros da antiga nobreza e do próprio rei, Luís XVI.

4) A maioria dos historiadores atribui à Revolução Francesa uma contribuição decisiva para a construção de novos valores políticos e sociais do mundo contemporâneo.
 
Esse entendimento está baseado
 
a) nas formulações políticas dos jacobinos, que permitiram a rápida implantação do sistema capitalista na Europa.
b) no simbolismo da Revolução, que representou o rompimento com o absolutismo e a ampliação da noção de cidadania. 
c) na atuação dos girondinos, que defendiam a revolução como a única forma eficiente de ação política.
d) no revigoramento dos laços de solidariedade das corporações de ofício, que preparou terreno para a ação sindical dos trabalhadores.
 
5) A Revolução Francesa foi entrecortada por várias fases, que serviram de cenário para conflitos, sonhos e redefinições políticas. Com relação ao período da Convenção, é FALSO afirmar:
 
a) O governo decretou o aumento de impostos sobre os ricos.
b) O rei Luís XVI foi condenado e guilhotinado por traição e desvios de verbas para a Contrarrevolução.
c) A cidadania foi ampliada para todos os trabalhadores, inclusive com a abolição da escravidão nas colônias francesas.
d) O Terror teve início, atingindo os próprios membros da Convenção.
e) A Declaração dos Direitos do Homem foi assinada, atendendo às pressões do povo

6) O período da Revolução Francesa pode ser considerado como encerrado em 1799 com.
 
a) A Reação Termidoriana e a execução dos radicais como Marat.
b) O 18 Brumário, golpe de Estado de Napoleão Bonaparte.
c) A constituição do Ano III e o reconhecimento da vitória da burguesia.
d) A estruturação da Junta de Salvação Pública e o fim do Regime de Terror.
e) A eleição de uma Convenção Nacional e a divulgação da Declaração dos Direitos do Homem.
 
7) A Declaração dos Direitos do Homem era, principalmente.
 
a) Um documento político-burguês que garantia para o povo francês igualdade perante a lei.
b) Um vasto programa de reformas políticas com bases totalmente democráticas.
c) O primeiro documento que garantia os direitos sociais aos trabalhadores.
d) O reflexo do pensamento absolutista e suas restrições à liberdade e direitos políticos no século XVIII.
e) Uma reivindicação do povo, dirigida às autoridades.

8) Durante as guerras napoleônicas, foram consolidadas mudanças importantes nos países europeus ocupados pela França.
(a) Diga o que foi o “Bloqueio Continental”.            
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(b)  Cite os reinos líderes do “Congresso de Viena”.       
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9) Por que na época do Bloqueio Continental D. João transferiu o governo português para o Brasil (Rio de Janeiro)?                                                                                                         
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gabarito:
1 - D; 2 - B; 3 - A; 4 - B; 5 - E; 6 - B; 7 - A
8 - (a) Foi um decreto, assinado por Napoleão Bonaparte, que procurava proibir que os países do continente europeu fizessem comércio com a Grã Bretanha.
    - (b) Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia.
9 - Para escapar das tropas francesas que invadiam o território português, a fim de forçar a adesão ao Bloqueio Continental.

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